Sem grandes adversários no próprio continente o México já chegava a sua quinta participação nas sete Copas disputadas. No entanto, desta vez ainda teve que passar pelo Paraguai em uma repescagem intercontinental.
Mesmo com essa soberania continental as coisas não eram tão simples quando a bola rolava na Copa do Mundo, e o México sempre ocupava as últimas colocações do Mundial. Em 62 quando os grupos foram sorteado ficou claro que o roteiro mexicano não seria muito diferente dos anteriores. Em um grupo muito forte, com o Brasil (atual campeão), a poderosa Espanha (com a base do Real Madrid e seus jogadores naturalizados) e com a sempre complicada Tchecoslováquia os mexicanos teriam que contar com a sorte para conquistar alguns pontinhos.
Pela terceira vez nas últimas quatro Copas, Brasil e México se enfrentam na estreia e pela terceira vez o México perdeu. No entanto, ao contrário das duas goleadas anteriores, dessa vez os mexicanos conseguiram endurecer o jogo e o experiente goleiro Carbajal segurou o empate até o início do segundo tempo. O Brasil teve tempo de marcar duas vezes e o México perdeu por 2 a 0.
A segunda partida foi ainda mais surpreendente, Espanha e México fizeram um jogo aberto com muitas chances de gol. Qualquer um poderia vencer, mas um empate já seria considerado uma conquista para os mexicanos. Até que aos 44 minutos do segundo tempo os espanhóis marcaram o gol da vitória. A derrota deixou um gosto amargo e eliminou as chances mexicanas de prosseguir no Mundial.
Na última partida da primeira fase o México enfrentou a Tchecoslováquia, a bola mal tinha rolado e “La TRI” já estavam atrás no marcador, os tchecos abriram o placar com apenas 20 segundos de jogo (gol mais rápido da Histórias das Copas até 2002). Parecia que os mexicanos sofreriam mais uma derrota, mas no dia em que Carbajal completava 33 anos as coisas foram diferentes. Os mexicanos viraram a partida ainda no primeiro tempo e marcaram mais um na segunda etapa. O placar de 3 a 1 foi histórico e depois de 12 derrotas e 1 empate os mexicanos conquistavam sua primeira vitória em Copas. Com o resultado os mexicanos ainda passaram à frente da Espanha na classificação geral ficando na 11ª colocação (melhor até então) e pela primeira vez não foram os lanternas do grupo.
Em 62 a Seleção Mexicana permaneceu usando o uniforme adotado em 58, Camisa e meias verdes com calção branco e no peito o logo com as cores da bandeira nacional. A novidade estava na gola e nas mangas que também traziam as três listras da bandeira e davam todo um charme à camisa.
PRIMEIRO UNIFORME

Esse uniforme foi usado nas partidas contra Brasil e Espanha, mas a primeira vitória mexicana na partida contra os tchecos foi conquistada com a camisa original Grená e o calção e as meias escuras que então eram usados como uniforme reserva.
SEGUNDO UNIFORME

O goleiro Carbajal usou o mesmo uniforme nas três partidas: camisa pretas, calção branco e meias verdes.
UNIFORME DE GOLEIRO
